Política
Seplan apresenta PIB dos Municípios 2020
A Seplan, por intermédio da superintendência Cepro e em parceria com o IBGE, divulga o Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2020. O documento apresenta uma análise do desempenho econômico, a partir da caracterização dos maiores e menores PIBs e sua participação no PIB estadual, segundo os setores da atividade econômica do Estado e fornece uma avaliação do desempenho do PIB per capita dos municípios.
No ano de 2020, foi observado que o PIB do Piauí ainda está bastante concentrado em dez municípios: Teresina, Parnaíba, Uruçuí, Picos, Floriano, Baixa Grande do Ribeiro, Bom Jesus, Piripiri, Campo Maior e Guadalupe. Entretanto, há uma tendência de desconcentração da produção econômica, pois Teresina, que possui a maior participação do PIB estadual, vem reduzindo sua participação ao longo dos anos (2010 – 47,7%; 2020 – 38,3%).
Os municípios que protagonizaram os maiores crescimentos em 2020 foram: Barreiras do Piauí, Caldeirão Grande do Piauí, Marcolândia, Currais e Sebastião Leal. Tiveram como principais atividades econômicas a produção de grãos e cereais, a indústria de geração e distribuição de energia elétrica e os avanços dos empreendimentos de energias renováveis (eólica e solar) instalados em sua maioria, no semiárido piauiense.
Dentre os municípios que apresentaram as maiores quedas de PIB em 2020, destacam-se: Lagoa do Barro do Piauí, Ribeira do Piauí, Jerumenha, Guadalupe e Angical do Piauí. Tiveram como causas das reduções, respectivamente, nas seguintes atividades: fabricação de estruturas pré-moldadas de concreto armado, geração de energia elétrica, produção de carvão vegetal, construção e comércio varejista.
A Administração Pública continua sendo a principal atividade econômica em 89,2% dos municípios piauienses. Contudo, o percentual é inferior ao observado em 2015, de 92,9%.
Quanto a participação percentual dos municípios piauienses no PIB Estadual em 2020, destacam-se: Teresina, com R$ 21,6 bilhões e 868.075 habitantes; Parnaíba, Picos, Uruçuí, Floriano juntos com R$ 7,6 bilhões e 313.593 habitantes e todos os demais municípios com R$ 27,2 bilhões e 2.099.812 habitantes.
O PIB per capita do Piauí foi de R$ 17.185, em 2020, mantendo o Estado na colocação de 26º no ranking da renda per capita do País e apresentando um crescimento de 6,6%, com relação ao ano anterior, superior à do Nordeste (2,5%) e do Brasil (2,2%).
Os dez municípios com maiores PIBs per capita em 2020 caracterizam-se por apresentarem economias baseadas, em especial, na agropecuária e na idústria e são pouco populosos.
Entre os dez, sete tiveram como principal atividade a agropecuária: Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí, Guadalupe, Currais, Ribeiro Gonçalves, Santa Filomena e Bom Jesus.
Nos municípios de Ribeira do Piauí e Lagoa do Barro do Piauí, observa-se a instalação de empreendimentos relacionados à produção de energia solar e eólica.
No município de Antônio Almeida, destaca-se a presença de indústrias extrativas voltadas à exploração, principalmente, do calcário.
Segundo Rebeca Nepomuceno, diretora de Estudos Econômicos e Sociais da superintendência Cepro/Seplan, “o estudo traz a síntese de dados econômicos em nível municipal, proporcionando análise da produção econômica no Estado, sua dinâmica e tendências, subsidiando, assim, o desenho de políticas públicas territorializadas mais compatíveis com as realidades locais”, explicou.
Teresina
O município de Teresina produziu no ano de 2020 um PIB de R$ 21,58 bilhões, o que representou uma variação nominal de -1,9%, em relação a 2019.
O PIB de Teresina representou 38,3% do total das riquezas produzidas no Piauí em 2020, ocupando a 46ª posição no ranking nacional dos maiores PIBs municipais.
Em relação a todas as capitais, responde por aproximadamente, 0,3% do PIB nacional. No contexto de Nordeste, Teresina representa 2,0% do PIB da região. Entre as nove capitais, ocupa o 7° maior PIB, à frente de João Pessoa (1,9%) e Aracaju (1,5%).
O setor de Serviços predomina no PIB de Teresina, representando 82,0% do PIB do município, ante 84,5% em 2019.
Dentro desse setor, as atividades de administração pública responderam por 24,5%, perante 23,1%, em 2019, portanto, aumentou a dependência da economia de Teresina em relação aos serviços de administração pública.
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