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Tinta de cabelo ‘desgraça’ rosto de mulher. Dá nem para reconhecer

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A estudante belo-horizontina Luisa Kamei, de 19 anos, decidiu pintar o cabelo, na última sexta-feira (16/12/2022), para a própria festa de aniversário, no dia 20 de dezembro. Acostumada a fazer o procedimento, a jovem percebeu, na manhã do dia seguinte, que havia algo errado. Luisa relata que, no sábado (17), sentiu a testa inchada e muita coceira no couro cabeludo. Ela então acreditou ser algo corriqueiro, mas no domingo (18) os sintomas pioraram.

“Amanheci com um líquido que saía do couro cabeludo e no dia seguinte acordei com o rosto inchado a ponto de não conseguir abrir um dos olhos. Eu sentia muito incômodo e a pressão na cabeça era grande. Meu rosto ficou maior. Foi desesperador, pois a tinta deformou meu rosto”, conta Luisa.

Luisa disse que usou o mesmo produto anteriormente e não teve reação. Com a piora do quadro, a estudante procurou atendimento médico na segunda-feira (19). Ficou constatado que a amônia presente na tinta causou a alergia.

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De acordo com a dermatologista Trícia Simões, o composto é muito usado nas tinturas por agir nos fios, abrindo a cutícula e permitindo que a coloração se espalhe com mais facilidade e tenha maior fixação. No entanto, ela faz uma alerta.

“É importante, em casos assim, realizar, antes da aplicação da tinta em todo o cabelo, os testes de alergia. A alergia pode acontecer com qualquer produto, em qualquer momento. Mesmo se a pessoa ter usado a tinta anteriormente não impede que ela tenha reação alérgica em outra ocasião”, explica Trícia.

Ainda segundo a médica, o uso da amônia pode causar vermelhidão, coceira, bolhas, edemas e inchaços no couro cabeludo, face e região dos olhos. Em casos graves, elas acabam se tornando inflamações mais persistentes e podem, sim, alterar a fisionomia da pessoa que utilizou o produto, como no caso da estudante.

Depois do susto, Luisa disse que decidiu contar a história para conscientizar as pessoas e evitar que casos assim se repitam.

“Eu me olhava no espelho e só conseguia chorar. Segundo a médica, se eu tivesse demorado mais tempo para chegar ao hospital, os efeitos da reação alérgica poderiam ser ainda piores. Tomei coragem para mostrar como fiquei e fazer um alerta. Não desejo para ninguém”, conta a estudante.

Fonte: G1/Minas

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