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PI teve salto no IDH, PIB, expectativa de vida e redução da pobreza
A experiência do Piauí no combate à fome e à pobreza e a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado foram alvos de discussão, nesta segunda-feira (20.05.2024), durante a programação do G20 Social, que acontece no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi), em Teresina. No seminário “Na rota para o G20: a experiência recente do Piauí no combate à fome e à pobreza”, o pesquisador e consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Antônio Claret, apresentou a pesquisa inédita do Pnud sobre o processo de desenvolvimento enfrentado pelo Piauí desde 2000 até os dias atuais.
Em sua pesquisa, o consultor destacou o crescimento do IDH do Piauí. Nas duas primeiras décadas deste século, os níveis de desenvolvimento humano do Brasil e do Piauí cresceram de forma constante. No Brasil, o IDH saltou de 0,610 para 0,780. No Piauí, o crescimento foi de 0,480 para 0,710. Com isso, o estado saiu de IDH muito baixo para uma situação de IDH alto (o maior patamar). É importante frisar que o IDH apresenta valores entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, maior a qualidade de vida em uma sociedade.
O IDH leva em conta três componentes básicos do desenvolvimento humano: padrão de vida (renda/economia), educação e saúde. Em sua apresentação, o consultor do Pnud detalhou os avanços do Piauí nas três áreas. “O progresso observado pode ser atribuído a uma combinação de fatores que incluem investimentos em educação, programas de combate à pobreza, infraestrutura melhorada, políticas de saúde pública mais eficazes e foco no desenvolvimento sustentável”, disse Antônio Claret.
Padrão de vida: PIB do estado e renda média dos piauienses têm salto significativo
No primeiro componente, que leva em conta a economia e o padrão de vida no estado, o pesquisador apontou que, entre os anos de 2002 e 2021, a economia do Piauí registrou crescimento acumulado real. O PIB a preços correntes aumentou de R$ 7,1 bilhões em 2002 para R$ 64 bilhões em 2021. No mesmo período, a contribuição do Piauí para o PIB brasileiro subiu cerca de 54%.
O forte crescimento da economia piauiense, com ampliação da participação do estado no produto nacional, pode ser observado também na perspectiva do PIB per capita. Em 2002, a renda média piauiense representava 28,9% da nacional. Em 2020, chegou a 47,8%. No ano de 2021, devido à crise econômica decorrente da pandemia, foi registrado um pequeno recuo (46,1%).
O crescimento econômico proporcionou, também, uma redução acentuada da pobreza monetária no estado. De 2000 a 2013, a proporção da população em situação de pobreza caiu de 57,2% para 19,1% e o percentual da população em situação de pobreza extrema caiu de 32,5% para 6,4%. Na combinação dos dois indicadores, a redução foi de cerca de 70%. Nos anos seguintes, durante o período de crises e pandemia, a taxa de pobreza se estabilizou, flutuando em patamares inferiores a 35% entre 2014 e 2021.
Piauí vira referência em energias renováveis
Outro ponto importante abordado pelo pesquisador foi a transição do Piauí de um estado com distribuição e cobertura deficiente de energia elétrica para um Piauí referência na produção de energia, especialmente por meio de fontes renováveis, como solar e eólica.
No início dos anos 2000, a inexistência de energia elétrica domiciliar afetava um em cada quatro piauienses. A partir da chegada do programa federal Luz para Todos, iniciado em 2003, o percentual de moradores em domicílios com energia elétrica, no Piauí, subiu para 93% em 2010 e para 99,5% em 2020.
A respeito do seu potencial energético, o Piauí foi o estado brasileiro com o maior crescimento da capacidade instalada para geração de energia elétrica, com um aumento de cerca de 2.500%, entre 2013 e 2022, segundo o Ministério de Minas e Energia.
Para o médio e longo prazo, as perspectivas de expansão da produção de energias limpas também são positivas. Em dezembro de 2023, foi lançado o maior projeto de Hidrogênio Verde do mundo, na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba, com um investimento estimado em 200 bilhões de reais. O projeto será realizado em conjunto pelas empresas europeias Green Energy Park e Solatio.
Educação: redução do analfabetismo, escolas em tempo integral e educação profissional
Nos últimos 20 anos, o Brasil deu um salto no componente educação, tendo este contribuído bastante para a elevação do IDH brasileiro. O Piauí foi o segundo estado que mais se destacou nesse quesito, até 2010, com elevação de 82%. No período seguinte, entre 2012 e 2021, o Piauí ficou em quarto lugar no ranking de crescimento.
O Piauí tem reduzido a sua taxa de analfabetismo, com uma queda de 25,3% na primeira década dos anos 2000 e de 38,2% entre 2010 e 2020.
Ao final de 2023, enquanto o Brasil tinha 13,6% de matrículas de tempo integral nos anos iniciais do ensino fundamental, essa proporção era de 39,6% no Piauí. Para os anos finais, as proporções são, respectivamente, de 16,5% (Brasil) e 44,6% (Piauí). No ensino médio, o Brasil eleva esse percentual para 20,4% e o Piauí tem o dobro, 43,7%. Analisando o crescimento dessa oferta, entre 2014 e 2023, houve um aumento de 38% de matrículas de ensino integral para o ensino médio na rede pública do estado, mais que o dobro da variação brasileira (16%).
A educação profissional é também uma temática em que o Piauí tem avançado nos últimos anos. Entre 2014 e 2023, houve um crescimento de 109% nas matrículas em cursos de formação profissional. No mesmo período, nacionalmente, esse crescimento foi de 24%. No Brasil, no final de 2023, cerca de um quarto (24%) das escolas de ensino médio apresentavam o ensino técnico integrado. No mesmo período, no Piauí, essa proporção era de 84%.
O estado também apresentou aumento na quantidade de profissionais com formação universitária. No ano 2000, apenas 2,48% da população piauiense, com 25 anos ou mais de idade, possuía o ensino superior completo. Em duas décadas, essa quantidade foi multiplicada mais de 5 vezes. Em 2021, já eram 12,78% as pessoas nessa faixa etária com a formação universitária concluída.
Expectativa de vida e segurança alimentar seguem em crescimento no estado
O componente saúde do IDH considera o indicador de expectativa de vida ao nascer para avaliar as condições mais gerais de vida saudável das populações. No Brasil, na primeira década dos anos 2000, houve um crescimento substantivo na expectativa de vida em todos os estados, enquanto que, no Piauí, o ganho foi superior a 6 anos, de 65,5 em 2000, para 71,6 em 2010.
Na década seguinte, entre 2012 e 2019, a expectativa de vida seguiu em crescimento, porém num ritmo menor. Já entre 2020 e 2021, em decorrência do excesso de óbitos causados pela pandemia e das pressões sobre o sistema de saúde, a expectativa de vida caiu em todos os estados brasileiros.
Outro aspecto apontado pelo pesquisador é de que, em 2004, apenas 36% da população piauiense encontrava-se em situação de segurança alimentar. Após quase duas décadas, a segurança alimentar cresceu no estado, chegando a 58% dos piauienses, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PnadC) de 2023. Nesse período, os níveis de insegurança alimentar moderada e grave caíram para menos da metade na comparação com os valores observados em 2004.
Fonte: CCom
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