Polícia
Bandidos arrombam até o Casarão Genu Moraes nas ‘barbas da polícia’
Ladrões ainda desconhecidos da Polícia arrombaram, nesta madrugada de sexta-feira (09/12/2022), a janela do Casarão Genu Moraes, no centro de Teresina, e fizeram um verdadeiro arrastão. É a segunda vez que a casa de Dona Genú (in memória) é arrombada, mesmo sendo situado a poucos metros do Palácio de Karnak.
A audácia dos bandidos no Centro de Teresina é de tirar o sossego até mesmo da polícia. O Café Imperial, por exemplo, situado ao lado do Casarão Genu Moraes, já foi arrombado sete vezes. O dono, empresário Ricardo Freitas, teve que colocar uma camada de cimento no teto para tentar evitar que os ladrões entrem pelo telhado.
Os relatos de arrombamentos na região central de Teresina são muitos. Nesta manhã de sexta-feira (09), direto do Rio de Janeiro, Dona Lydia Moraes, filha de Dona Genu, pediu socorro a reportagem do walcyvieira.com. “Nos ajude. A situação é de vulnerabilidade”, pediu, ao relatar que no casarão existem cachorros Pit Bull, mas nem com isso os bandidos se intimidam.
O caso do segundo arrombamento no Casarão Genu Moraes foi registrado por uma funcionária na Delegacia do 1º DP. Furtaram, inclusive, uma coleção de chapéus que Dona Genu tinha e o guardava com estimação.
A funcionária do Casarão, ao constatar o arrombamento, já nesta manhã de sexta-feira, ligou para o 190 da Polícia Militar. Porém, ninguém da PM esteve no local, apenas a orientaram (por telefone) a procurar a Polícia Civil.
QUEM FOI GENÚ MORAES
Dona Genu Moraes sempre foi uma mulher a frente do seu tempo. Filha do ex-governador Eurípedes de Aguiar, ela sempre teve a personalidade forte e isso fez com que se destacasse em meio a sociedade piauiense da década de 50 e 60. Antes de entrar na carreira política, morou em Belo Horizonte, onde estudou por alguns anos. Frequentava o Piauí durante as férias. Ela foi a primeira mulher no estado a ter um automóvel, o que para a época era uma fato excepcional.
Genu também se tornou conhecida pelo estilo inconfundível. Dona de uma elegância única e uma classe bem particular, ela fez do chapéu um ícone marcante do seu modo de vestir. O gosto por moda foi conservado e a vaidade de Dona Genu preservada ao longo de todos os seus últimos anos.
Dona Genu também foi chefe de cerimonial do Palácio de Karnak por alguns anos. O cargo foi assumido nos governos de Mão Santa e Alberto Silva. Ela morava na Avenida Antonino Freire, ao lado do Palácio de Karnak, onde cresceu e passou boa parte de sua vida.
Fonte do perfil de Dona Genu: O Dia
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