Cadeia para PMs que prenderam advogado no exercício profissional

O presidente da OAB, Piauí, Celso Barros Neto, pediu a prisão de uma guarnição do 10º Batalhão da Polícia Militar, do município de Bertolínia, no sul do Estado, acusada de prender arbitrariamente e algemar o advogado Wiliam Fonseca, no exercício profissional, quando o advogado reclamou que os policiais não poderiam prender sua cliente, pois estariam cometendo abuso de autoridade.

VÍDEO. O flagrante da arbitrariedade

O fato se originou depois que um jovem, em um animal, bateu, acidentalmente, contra uma viatura da polícia.

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Toda a ação da guarnição da PM foi filmada pelo também advogado Marcelo Trindade. O fato aconteceu na tarde desta terça-feira (12.12.2023). Um jovem teria provocado danos, acidentalmente, com um animal em uma viatura que estava parada em uma vaquejada.

O rapaz teria procurado os policiais no evento para avisar que teria batido na viatura, como não os encontrou, foi para casa.

Horas depois, uma guarnição da PM apareceu na casa do rapaz que chamou os advogados para representa-lo, visto que os PMs queriam levá-lo preso. Os policiais queriam prender até a mãe do garoto, quando o advogado Wiliam disse que eles não poderiam prender a mulher, sob pena de abuso de autoridade.

A prisão do advogado se deu até sem um representante da OAB, configurando mais ainda a arbitrariedade policial.

VÍDEO. OAB se reuniu no mesmo dia

O Comando Geral da Briosa ainda não se posicionou sobre o ocorrido.

“Wiliam Fonseca é um advogado com conduta ilibada, ética e foi arbitrariamente conduzido e nós não admitiremos que esses maus policiais não sejam punidos ”, afirmou o presidente da OAB-PI, Celso Barros.