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PI não tem mais o interior, do interior, do interior. Cidades tão crescendo
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O crescimento populacional do Piauí está mais descentralizado, sendo maior nas cidades menores e principalmente nas localizadas da região do sul do estado, em detrimento da capital Teresina e das cidades do norte. Esse foi o principal destaque apontado pela Superintendência de Pesquisas Econômicas e Sociais (Cepro) da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) após analisar o Censo 2022, durante a Sexta Programada, nesta sexta-feira (06/10/2023), em Teresina. O tema do dia foi “Censo Demográfico 2022: Desafios e perspectivas para as políticas públicas no Piauí”.
“Nos primeiros resultados do Censo, a gente percebe que o sul do estado teve um grande crescimento proporcional nos municípios pequenos, o que mostra estar havendo uma dinâmica na distribuição da população dentro do estado”, afirmou Cintia Bartz, superintendente da Cepro.
Ela citou, por exemplo, o caso de São Raimundo Nonato, cuja população cresceu 20,44% entre o Censo de 2010 e o de 2022. A cidade era habitada por 32.327 pessoas na época e hoje abriga 38.934 moradores.
O mesmo movimento foi percebido nas cidades que integram a Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) Grande Teresina, enquanto a capital em si teve menor crescimento. A população de Teresina subiu 6,39%, menos que, por exemplo, as vizinhas José de Freitas (14,76%) e Demerval Lobão (19,39%), entre os dois censos.
“Então, podemos destacar que essas cidades pequenas e médias e próximas a polos importantes estão crescendo, bem como aumentando também outros polos em outras regiões. Então isso mostra essa dinâmica do território que está tendo uma descentralização. Então, a dinâmica de planejamento tem que ser em âmbito territorial e não como Estado único. Como se comporta por território. Esse debate que precisamos fazer”, explicou Bartz.
O principal foco do evento desta sexta é analisar o que ocorreu de diferente no Piauí dentro de mais de 10 anos, com base no Censo 2022 e sua comparação com o Censo 2010. O objetivo é direcionar e melhorar cada vez mais o planejamento do Estado, trazendo dados e referências para os setores de planejamento.
“Os resultados do Censo são muito importantes para a elaboração de políticas públicas. E o Governo do Estado está muito empenhado nessa temática para poder fazer projetos e verificar de que forma os números do IBGE vão poder colaborar nesse sentido”, disse Ranieri Leite, coordenador operacional do Censo Populacional do IBGE no Piauí.
Leonardo Passos, superintendente estadual do IBGE, frisou que o Censo é a maior pesquisa do país, que traz um retrato amplo da sociedade conhecendo a realidade socioeconômica do Brasil. “O IBGE, com esses resultados, pretende trazer as informações para que os gestores possam conhecer mais da saúde, da educação, do emprego e renda e possam tomar as melhores decisões para o desenvolvimento econômico do Estado”, concluiu o gestor.
Fonte: CCom / Repórteres: Clayton Gomes e Robert Pedrosa
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