Caravana em Teresina marca início da criação do Plano Juventude Negra Viva

O Ministério da Igualdade Racial, a Secretaria Nacional de Juventude e a Coordenadoria de Juventude do Piauí unem forças para realizar a Caravana Participativa Juventude Negra Viva, um evento que ocorrerá nos dias 4 e 5 de setembro no auditório do Centro Tecnológico (CT) da Universidade Federal do Piauí, em Teresina. A abertura oficial do evento está programada para esta segunda-feira, 4 de setembro, às 9h, e deve reunir representantes de órgãos nacionais e estaduais.

A principal missão da Caravana Participativa Juventude Negra Viva é reunir movimentos sociais e jovens para a elaboração do Plano Juventude Negra Viva. Este plano tem como foco central a redução da alarmante taxa de letalidade que atinge os jovens negros em todo o país. O lançamento oficial do Plano Juventude Negra Viva está agendado para novembro deste ano.

De acordo com dados do Fórum de Segurança Pública, uma preocupante estatística revela que 77,6% das vítimas de homicídio doloso no Brasil são pessoas negras. Esse dado alarmante não pode mais ser ignorado, e a criação do Plano Juventude Negra Viva surge como uma resposta necessária para enfrentar esse grave problema.

Everton Calisto, coordenador da Juventude do Piauí, enfatiza a importância desta iniciativa e o compromisso de dar voz às demandas da população negra: “Estamos apoiando a iniciativa da Secretaria Nacional de Juventude e do Ministério da Igualdade Racial porque acreditamos que, coletivamente, podemos ouvir as necessidades da população negra e elaborar planos eficazes para reduzir a alarmante taxa de mortalidade de nossos jovens”, afirmou Calisto.

O evento em Teresina representa um passo significativo na busca por soluções concretas para enfrentar a violência e a discriminação que afetam desproporcionalmente os jovens negros no Brasil. A participação da sociedade civil e das autoridades governamentais é crucial para o sucesso da Caravana Participativa Juventude Negra Viva e para a construção de um futuro mais igualitário e seguro para todos os brasileiros.

Fonte: Ascom/Repórter: Lísia Alexandre