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Política

Tia e motorista de Tenório no centro do Escândalo da Sousândrade

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O escândalo envolvendo a Secretaria de Articulação Política (Secap) do Maranhão, com utilização da Fundação Sousândrade para fins pouco republicanos, chega mais perto de um dos principais aliados do grupo comandado por Rubens Pereira e apontado pelo próprio como seu sucessor em Matões. Trata-se do secretário-adjunto da Secap, Gabriel Tenório.  

Um motorista do pré-candidato a prefeito de Matões e a esposa de um tio do pupilo de Rubão aparecem nos contracheques da organização ligada à Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que foi utilizada como intermediadora da mão-de-obra para “apoio aos municípios”. 

Constam na folha de pagamentos, no período de 30 de junho de 2021 a 31 de agosto de 2023 os nomes de Joceana Maria Gomes Tenório e de José Soares da Silva Filho, ambos com salários de R$ 1.839,80.  

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Na prática, os valores teriam sido utilizados para recrutar e remunerar “cabos eleitorais” na disputa estadual de 2022, pagos com a utilização indevida da Sousândrade como entreposto da operação. 

Joci Tenório, como Joceana é conhecida, é pré-candidata a vereadora no grupo político encabeçado por Rubens Pereira, que tem Gabriel Tenório como pré-candidato a prefeito. José Filho, por outro lado, é motorista particular do adjunto de Rubão. 

O contrato entre a Secap e a Sousândrade teve valor inicial de R$ 5.096.427,12, tendo sido aditivado algumas vezes. No quadro de pessoal do contrato, são especificados o chamamento de dezenas de assistentes de planejamento “com formação de nível médio e/ou superior em diversas áreas”, para uma jornada de trabalho de 30 horas semanais. 

O objeto vago dos serviços prestados pelos que seriam recrutados via Fundação é que levanta as suspeitas de utilização escusa dos recursos, fato revelado em áudios atribuídos a Oziel Silva, atual vice-prefeito de Matões e que é apontado para ocupar o mesmo cargo sob Tenório, em caso de vitória nas eleições municipais deste ano. 

Nos áudios que supostamente seriam de Oziel Silva, ele relata problemas com participantes do que seria um esquema de divisão de salários do contrato entre a Secap e a Sousândrade, além de orientar a forma de driblar os órgãos fiscalizadores, fazendo uso de múltiplas contas bancárias. 

Após a repercussão dos áudios, Oziel Silva afirmou que seu celular teria sido clonado. A Fundação Sousândrade, até o momento, não se posicionou sobre as denúncias.  

Fonte: Verdade 98

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