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Prevenção e tratamento precoce da anemia. 30% da população tem

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A anemia, segundo a organização Mundial da Saúde (OMS), é a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas, o que gera vários riscos à saúde que podem se agravar sem o tratamento adequado. Ainda segundo a OMS, 30% da população global é anêmica, principalmente crianças de até dois anos de idade e mulheres adultas, apesar de também poder acometer adolescentes, homens e idosos.

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) aponta que mais de 20% das crianças abaixo de cinco anos apresentam a doença, assim como cerca de 29% das mulheres adultas. Devido a isso, a campanha junho laranja foi criada no intuito de diagnosticar, prevenir e tratar precocemente a anemia.

“Há as anemias carenciais, desencadeadas por deficiência de ferro, ácido fólico ou vitamina B12. Há também as anemias que ocorrem devido a problemas na medula óssea, a fábrica do sangue, como é o caso de leucemias, mieloma múltiplo, anemia aplásica ou síndromes mielodisplásicas”, alerta a hematologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Harsumi Iwamoto, há vários tipos de anemias, que podem ocorrer por diversos motivos.
Segundo a especialista há ainda os casos em que a anemia é hereditária, como a doença falciforme, talassemias, esferocitose hereditária. E ainda podemos ter anemia por excesso de destruição das células sanguíneas, conhecido como hemólise, que pode ser tanto de origem hereditária, quanto autoimune”, explica.

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Sintomas da anemia – Os sintomas são geralmente inespecíficos e dependem do tipo de anemia, do valor da hemoglobina (quanto mais baixo, maior o desconforto) e da velocidade de instalação dessa condição. “Anemias que se desenvolvem de forma insidiosa tendem a ser menos sintomáticas do que aquelas de início súbito, mesmo com valores semelhantes de hemoglobina”, ressalta a especialista.
A especialista esclarece que para evitar a anemia são necessários alguns cuidados, como manter uma alimentação adequada, que ofereça uma ampla variedade de micro e macronutrientes, além de evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

“Além disso, há grupos de risco mais suscetíveis, como gestantes, bebês prematuros e crianças de seis a dois anos de idade, pois recebem suplementação de ferro de forma profilática; adolescentes, devido ao estirão do crescimento e ao início da menstruação, pessoas que já fizeram cirurgia gástrica e pessoas com doenças disabsortivas, como a doença celíaca”, complementa.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico se dá por meio do hemograma, que mostra a presença ou não da anemia, mas geralmente são necessários outros exames complementares para diagnosticar qual o tipo. “Podem ser exames de sangue, como dosagem de vitaminas, de produtos de degradação das hemáticas, função tireoidiana, testes sorológicos e, em alguns casos, indica-se o exame da medula óssea, com mielograma ou biópsia”, elucida Hatsumi.

Segundo a médica, o tratamento vai depender da causa da anemia. “Como são diversas causas, há inúmeros tratamentos disponíveis. De forma geral, sempre devemos investigar a carência de algum nutriente e fazer a reposição quando necessário. Doenças oncohematológicas geralmente são tratadas com quimioterapia. As anemias hemolíticas autoimunes são manejadas com corticoterapia ou imunossupressores. Para casos graves de anemia, pode ser necessária a transfusão de sangue. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente”, frisa.

Fonte: Ascom

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