Geral
Assembleia de professores acaba com denúncia de calote em Matões
Um clima de tensão e revolta marcou uma assembleia geral do Sindicato dos Professores de Matões, Maranhão, SINTRAED, realizada na noite desta terça-feira – 14.05.2024. O ex-presidente da entidade, vereador Clemilton Loureiro foi publicamente pressionado. A reunião tinha como principal pauta a discussão sobre o pagamento dos precatórios do FUNDEF aos educadores do município, mas o foco mudou rapidamente quando surgiram acusações contra o vereador.
VÍDEO. O clima esquentou na assembleia
Os professores presentes expressaram revolta em relação a uma taxa de R$ 50 reais cobrada por Clemilton durante seu mandato como presidente do sindicato. Segundo relatos, foi contratado o escritório Borges Leal Advogados Associados, onde foram pagos R$ 50,00 (cinquenta reais) por cada sócio para o início dos procedimentos e foi cobrado mais 15% (quinze por cento) no final da ação.
Ocorre que desde a contratação deste escritório nenhuma medida judicial, administrativa e atuação junto ao legislativo foi realizada até a presente data, diz uma nota oficial do SINTRAED. Outro fato agravante é uma procuração utilizada nessa ação em dezembro de 2023, assinada pelo ex-presidente Clemilton Loureiro da Silva (como se o mesmo ainda fosse presidente), que o escritório só veio avisar a entidade em meados de março de 2024 e que só trataria do assunto no dia da audiência marcada, gerando dúvidas acerca do procedimento realizado.
Visivelmente constrangido, Clemilton Loureiro tentou se defender das acusações, mas não conseguiu acalmar os ânimos dos professores irritados. Diante das cobranças, o vereador se viu obrigado a deixar a reunião sob forte pressão dos presentes, sem oferecer explicações satisfatórias.
O vereador Clemilton Loureiro, já sob escrutínio público, terá que prestar contas não só aos seus colegas professores, mas a todo o município sobre as acusações que pesam contra ele. O sindicado dos professores deverá abrir uma sindicância para investigar a conduta do ex-presidente Clemilton Loureiro.
O ex-presidente Clemilton, de branco
NOTA OFICIAL DO SINDICATO
Na assembleia de hoje foi apresentada aos sócios a ata da assembleia do dia 18/05/2018, onde foi pontuado que nela consta a contratação de uma assessoria jurídica para pleitear judicialmente, administrativamente e no legislativo o repasse do FUNDEF. Ocasião em que foi contratado o escritório Borges Leal Advogados Associados, onde foram pagos R$ 50,00 (cinquenta reais) por sócio para início dos procedimentos e foi cobrado mais 15% (quinze por cento) no final da ação.
Ocorre que desde a contratação deste escritório nenhuma medida judicial, administrativa e atuação junto ao legislativo foi realizada até hoje. A não ser uma ação protocolada em dezembro de 2023 junto a justiça do trabalho, buscando declaração que 60% (sessenta por cento) do repasse do FUNDEF pertence aos professores.
O que se destaca é que a procuração utilizada nessa ação em dezembro de 2023, ainda era do EX PRESIDENTE Clemilton Loureiro da Silva (como se o mesmo ainda fosse presidente), que o escritório só veio avisar a entidade em meados de março de 2024 e que só trataria do assunto no dia da audiência marcada, gerando duvidas acerca do procedimento realizado.
A demanda judicial foi julgada pela justiça do trabalho e o sindicato foi condenado a pagar custas processuais de mais de R$ 895.000,00 (oitocentos, noventa e cinco mil reais).
Nesse sentido após discussões e esclarecimentos ficou decidido por assembleia por unanimidade a revogação dos poderes outorgados ao escritório acima mencionado, devendo a diretoria informa-los sobre a deliberação.
Além disso o ex presidente Clemilton Loureiro da Silva foi questionado por sócios do SINTRAED acerca do pagamento da entrada de *R$ 50,00 (cinquenta reais) ao escritório de advocacia contratado para dar inicio as demandas compreendidas na ata de 2018.
O ex presidente tomou posse da palavra, contudo não respondeu aos questionamentos, apenas defendeu o escritório contrato por ele, apesar de nenhum trabalho prestado aos sócios, e se retirou do local com a assembleia ainda em andamento.
Tendo em vista o silêncio sobre os questionamentos do valor pago de entrada, o SINTRAED irá buscar junto a sua assessoria jurídica a responsabilização dos envolvidos para contratação deste escritório em que não houve prestação de serviço.
Adailson de Sousa Lima
Presidente do Sintraed-Matões
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