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Vacina contra a Covid est? bem pertinho de sair. Fique em casa!

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Mais de 130 estudos ao redor do mundo buscam uma vacina para o novo coronav?rus, segundo a Organiza??o Mundial da Sa?de (OMS). Estados Unidos e China s?o os pa?ses que mais t?m pesquisas: s?o 42 dos americanos e 19 dos chineses. A produ??o de uma vacina pode ser a melhor forma de acabar com novos casos de covid-19, doen?a que ainda n?o tem cura.

Para o infectologista e professor do Departamento de Cl?nica M?dica da Faculdade de Medicina da UFMG, Mateus Westin, a descoberta de uma vacina n?o ? necessariamente o fim de uma doen?a. ?N?s j? tivemos, por exemplo, a erradica??o da var?ola, a partir do desenvolvimento de vacina. Mas n?s tivemos o desenvolvimento de v?rias outras vacinas, como a de sarampo, caxumba, t?tano, coqueluche e rub?ola, e n?s ainda convivemos com essas doen?as?, explica. Mas ele acrescenta que a imuniza??o garante que haja uma diminui??o nos casos.

O professor Westin completa explicando que a efic?cia de uma vacina nunca ? 100%. ?? preciso tentar desenvolver uma vacina com a maior efic?cia poss?vel e, com boa parte das pessoas vacinadas, a gente interrompe a cadeia de transmiss?o. Ent?o, a gente pode at? erradicar uma doen?a com uma vacina, mesmo que n?o tenha efic?cia de 100%?, analisa.

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Na avalia??o do virologista do Centro de Tecnologia em Vacinas da UFMG (CT Vacinas) e professor de microbiologia da UFMG, Fl?vio da Fonseca, a produ??o de uma vacina contra a covid-19 parece ser a melhor chance contra o v?rus. ?Um medicamento n?o seria suficiente para acabar com o coronav?rus, porque n?o previne a infec??o. Para quebrar o ciclo de transmiss?o, tem que ser uma vacina. O que pode acontecer na aus?ncia de uma vacina, ? que a gente esteja exposto a m?ltiplas ondas desses v?rus e, com o tempo, a popula??o desenvolva certa imunidade, mas isso n?o vai elimin?-lo?, avalia.

A produ??o de uma vacina passa por diversas fases. O primeiro passo ? determinar os componentes do pat?geno que v?o integrar a vacina e gerar resposta do sistema imunol?gico. ?? preciso identificar qual ant?geno daquele pat?geno gera boa resposta imunol?gica e se essa resposta imunol?gica ? capaz de eliminar o pat?geno para qual foi criada?, detalha a o virologista Fl?vio da Fonseca.

A pr?xima etapa consiste na escolha da estrat?gia da vacina: se vai utilizar uma ou mais prote?nas ou mesmo o pat?geno inativado ou atenuado. A partir da?, come?a o trabalho de produ??o da vacina.

A fase cl?nica ? dividida em tr?s subfases. A primeira avalia poss?veis efeitos colaterais e a dosagem da vacina. A segunda, a efic?cia e a capacidade de gerar resposta imunol?gica. Essas duas etapas s?o feitas com um n?mero pequeno de pessoas. A terceira e ?ltima etapa ? um test drive da vacina, que envolve milhares de pessoas e um acompanhamento para saber quando vai ocorrer o contato com o pat?geno. ?Metade dos volunt?rios toma a vacina, e a outra metade, um placebo. Essa fase pode durar at? cinco anos, porque ? preciso imunizar esses pacientes e acompanh?-los. N?o d? para saber quando v?o se infectar. Podem ser expostos ao pat?geno amanh?, semana que vem, ano que vem??, ressalta Fl?vio.

Os testes cl?nicos podem durar at? oito anos para serem conclu?dos. No caso do coronav?rus, o virologista explica que tem sido feito um esfor?o para atingir toda testagem cl?nica em menos de um ano e meio.

Ap?s a produ??o, ainda s?o necess?rios os processos de regulamenta??o, produ??o em massa e distribui??o de uma vacina. Depois que uma pessoa ? vacinada, ainda leva um tempo para desenvolver os anticorpos. ?Cada vacina tem seu tempo, mas costuma ser de 15 a 30 dias. Para que ocorrer de forma maci?a, vai depender da capacidade de produ??o e como os pa?ses e mesmo a OMS, regulando internacionalmente, v?o conseguir prover a distribui??o da vacina para boa parte da popula??o mundial?, analisa o professor Mateus Westin.

Dez pesquisas est?o na fase de testes cl?nicos. Dessas, cinco est?o sendo desenvolvidas pelos chineses. Uma delas est? na segunda subfase dos testes em humanos e, caso apresente resultados satisfat?rios, a terceira fase vai contar com 9 mil volunt?rios brasileiros, em parceria anunciada entre o Instituto Butantan, em S?o Paulo, e a empresa chinesa.

Outro estudo que tamb?m vai contar com volunt?rios brasileiros est? sendo desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. ?Para se ter uma ideia de como os processos est?o sendo flexibilizados, as fases dois e tr?s do teste cl?nico est?o sendo realizadas juntas. A promessa ? de resultados at? o final do ano?, avalia o virologista.

Em todo o mundo, cientistas t?m se dedicado a pesquisas em busca de vacinas e medica??o contra o novo coronav?rus. Nessa semana, o Sa?de com Ci?ncia apresenta s?rie sobre os avan?os cient?ficos na ?rea, a atua??o dos profissionais brasileiros, as controv?rsias e a metodologia do fazer cient?fico.

Fonte: Medicina

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