O Cômico, o Trágico e os Ridículos

Pronto. Está aberta a temporada de denúncias de Sílvio Mendes – e sua equipe de transição – com relação ao escarcéu instalado na atual gestão de Dr. Pessoa, frente à Prefeitura de Teresina. E acreditem: o mimimi ainda vai durar alguns meses depois da posse de Sílvio, marcada para janeiro de 2025.

Nesta quarta-feira (13/11/2024), o futuro secretário de Planejamento, Marco Antônio Ayres, apontou que a dívida do Município chega a R$ 800 milhões, dos quais R$ 400 milhões dizem respeito apenas à área da Saúde.

Já o prefeito eleito, numa fala mais generalista, diz que a situação da Prefeitura é “dramática”. Tudo testemunhado por Jeová Alencar, antes “primeiro ministro” de Pessoa, hoje, vice-prefeito eleito de Sílvio e, amanhã, o próximo secretário de Governo de Teresina.

O negócio estava – e agora está mais ainda – tão misturado que até o PRD, partido de Dr. Pessoa, assumirá uma SDU na gestão de Sílvio, sob a gerência do suplente de vereador Alan Brandão. Diante da surpresa de Sílvio sobre o drama de Teresina, o cidadão minimamente informado das coisas fica a se perguntar: quem não sabia disso? Por que tanto espanto agora? Qual o motivo deste alarde?

Ao que parece, Sílvio fingiu tanto durante a última campanha que acabou imerso no próprio mundo paralelo que criou. Ou seja: Sílvio blindou tanto Pessoa que só pode ter esquecido da incompetência do prefeito. Quem não lembra da troca de gentilezas entre os dois nos debates eleitorais? Quem esqueceu do pacto de não-agressão entre ambos na campanha? E as diversas passadas de pano midiáticas entre o atual e agora futuro prefeito?

Era cômico. Era trágico. Era ridículo. Só não mais cômico, só não mais trágico, só não mais ridículo do que as caras de espanto que hoje fazem aqueles que, ontem, emudeceram, calaram-se, omitiram-se, casuisticamente, em denunciar o caos já então instalado em Teresina.