Em Imperatriz ‘tão matando um e deixando outro amarrado pra mais tarde’

Distante 621 quilômetros de Teresina, Piauí, e 632 KM de São Luís, Maranhão, a cidade de Imperatriz (com 272 mil habitantes) vive um momento dramático com uma onda de assassinatos no município. Seis pessoas foram mortas violentamente num intervalo de 20 horas. Só uma das vítimas tinha passagens pelo sistema prisional. O caso mais chocante ocorreu na noite de sábado (29/07/2023). Suellen Soares Rocha da Silva, 13 anos, foi morta dentro da rede em que dormia em casa, com vários tiros.

A adolescente não tinha nenhuma ligação com criminosos. Foi morta apenas por ser irmã de um faccionado. Os ‘vagabundos’ invadiram a casa dela e a mataram na presença do pai, que tentou salvar a filha e também foi baleado. Ele está internado em estado grave. O irmão dela (faccionado) não estava em casa na hora da invasão.

O crime é atribuído a grupos criminosos contrários ao que pertence o irmão da vítima. Os bandidos mataram a jovem porque não encontraram o irmão dela no local.

Em outro ataque, Pedro Henrique da Silva Sousa, de 16 anos, foi morto enquanto trabalhava na Avenida Newton Bello, no bairro Santa Inês. Ele também não tinha ligação com as facções. Um irmão dele tem ligação. O crime também teria sido uma espécie de recado ao irmão da vítima.

Somente na tarde de sexta-feira (28/07), quatro pessoas foram mortas a tiros em Imperatriz. Três em um ataque a um depósito de bebidas na Avenida Itaipu, no Parque Santa Lúcia. Entre as vítimas está o dono do estabelecimento, um idoso de 60 anos. Três homens em um Gol já desceram do carro atirando sem falar nada, nem roubar nada.

Horas depois, João Victor, um jovem de 22 anos, foi morto no bairro São José. Ele também não tinha passagens pela polícia.

Os investigadores informaram para a reportagem do Portal walcyvieira.com que dos seis mortos apenas Geovane Almeida, conhecido por ‘Menor G’, tinha passagem pelo sistema prisional.